Para todos?

Educação para todos é não precisar incluir; pressupõe-se que não haja excluídos.

Se é preciso incluir é porque não é para todos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BRASIL - MP lança em setembro o Portal da Pessoa com Deficiência

http://www.anabb.org.br/novosite/mostraPagina.asp?codServico=33&codPagina=43910 **** Com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que têm algum tipo de deficiência e facilitar o acesso às páginas de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento vai lançar este mês o Portal da Pessoa com Deficiência e um novo modelo de acesso ao Programa Governo Eletrônico. O portal será lançado em 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Por meio do recurso leitor de tela, um programa que sintetiza a voz humana e "lê" para o usuário o conteúdo da página eletrônica, o portal é totalmente acessível às pessoas cegas ou com visão limitada. Pela página será possível oferecer, por exemplo, serviços como a compra de automóvel adaptado a quem não tem os membros inferiores.**** A página eletrônica será uma referência para os órgãos governamentais sobre como devem ser usadas as normas do novo modelo de acesso ao Programa Governo Eletrônico, o e-MAG 3.0, que será lançado junto com o portal. De acordo com o diretor da SLTI, João Batista Ferri, é a tecnologia da informação (TI) sendo usada para democratizar o acesso dos brasileiros aos dados e serviços governamentais na internet. O programa contém orientações sobre como criar e desenvolver sites, portais e serviços na acessíveis aos deficientes e idosos e também a quem tem baixo grau de escolaridade e pouca intimidade com os recursos da informática. De acordo com a coordenadora-geral de Prestação de Serviço por Meio Eletrônico da SLTI, Fernanda Lobato, o novo modelo de acesso ao Governo Eletrônico vai permitir que mais pessoas tenham condições de entrar nas páginas dos órgãos públicos federais na internet, inclusive portadores de qualquer tipo de deficiência. Ela explicou que a versão atual, lançada há cinco anos, está tecnologicamente desatualizada. Entre os destaques da nova versão está a padronização dos atalhos do teclado do computador. Não importa em que página o internauta navegue, os atalhos de teclado que ele costuma usar vão servir para todas as outras páginas eletrônicas de órgãos públicos. Serão padronizados atalhos de busca, navegação e conteúdo, entre outros, para atender às necessidades dos deficientes visuais, auditivos e motores.**** Fernanda Lobato disse que, atualmente, apenas 5% das páginas de órgãos públicos federais na internet oferecem acesso aos deficientes. A nova tecnologia vai ampliar esse percentual. No caso dos órgãos públicos estaduais, de acordo com dados do Censo da Web de 2010, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBr), Lobato informou que o acesso pleno só é possível em apenas 2% dos portais públicos. Se, até agora, a grande maioria dos deficientes precisava sair de casa para resolver pendências em órgãos públicos, com o novo programa será possível resolver inúmeros problemas usando apenas um computador com acesso à internet. Fonte: Agência Brasil****

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Presidente do Previ-Rio: ‘É o fim da integralidade para os futuros aposentados’

http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2010/7/presidente_do_previ_rio_e_o_fim_da_integralidade_para_os_futuros_aposentados_100130.html Fonte: O DIA online, 14 de setembro de 2011 Rio - Quem sonha em trabalhar na prefeitura do Rio deve se preparar desde já para receber aposentadoria menor do que o salário pago no período de atividade. Mais: se conformar com a possibilidade de ter reajustes do benefício inferiores aos concedidos a quem ainda está atuando nas repartições. Futuros servidores não terão mais direito à chamada integralidade de vencimentos na aposentadoria e paridade de reajuste entre ativos e inativos. Esses benefícios continuarão garantidos somente para os atuais 165 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Rio. Pelo menos, é isso que prevê o Projeto de Lei Complementar 41 do prefeito Eduardo Paes, que a Câmara de Vereadores vota terça-feira. Se não sofrer emendas alargando seu alcance, as duras medidas adotadas para garantir a saúde financeira do fundo de previdência municipal vão atingir aos novos concursados. É o que informa a presidente do Previ-Rio, Ariane Di Iorio, que recebeu O DIA para explicar as mudanças. NOVO CÁLCULO O primeiro artigo do Projeto de Lei Complementar (PLC) 41 estabelece o fim da integralidade. “Será como funciona atualmente na União. Muda o cálculo para a aposentadoria. Será calculado pela média e não pelo último salário, o que significa o fim da integralidade”, explica Ariane Di Iorio, presidente do Previ-Rio. PARA QUEM VALE A mudança atinge os servidores titulares de cargos efetivos de qualquer poder do município, incluindo autarquias e fundações públicas. Não recai para os atuais ativos. Somente para quem for empossado ou inscrito no Regime Próprio da Previdência do Município do Rio, a partir da publicação da lei no Diário Oficial. CONSTITUIÇÃO Serão considerados os parágrafos 3° e 17° do Artigo 40 da Constituição Federal. MÉDIA ARITMÉTICA De acordo com o texto do projeto, “será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, desde a competência de julho de 1994 ou desde a do início da contribuição” COMPROVAÇÃO Os órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado serão responsáveis pelo fornecimento de comprovação das remunerações que serão utilizadas para o cálculo. REMUNERAÇÃO O projeto estabelece que os salários considerados para o novo cálculo não podem ser menores do que o valor do salário-mínimo da época. E não devem ser superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao Regime Geral de Previdência Social. PENSIONISTAS A presidente do Previ-Rio também explicou que haverá mudança no cálculo das pensões. “Com a aprovação do PLC 41, será aplicado o redutor de 30% do provento para os pensionistas dos servidores do Município do Rio. Desde que seja para o que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social”, disse Ariane. Atualmente, o teto é de R$ 3.467,40. MESMAS REGRAS As novas regras para os pensionistas da prefeitura serão as mesmas que constam na redação final dada pela Emenda Constitucional 41, de 19 de dezembro de 2003. NÃO HAVERÁ TAXAÇÃO PARA NOVOS INATIVOS SEM MENÇÃO A presidente do Previ-Rio, Ariane Di Iorio, esclareceu ainda um tema polêmico do novo projeto de lei que será votado na próxima terça-feira. Ela destacou que não há menção no texto de que os futuros servidores inativos deverão contribuir para o regime previdenciário municipal. SEM INTENÇÃO “A intenção da Prefeitura do Rio nunca foi a taxação dos inativos. Houve algum ruído, pois nunca foi tentado dessa forma. A intenção foi adequar, de fato, para os futuros servidores o que está previsto na Constituição. O projeto trata, exclusivamente, dos cálculos dos proventos. Acredito que a confusão tenha ocorrido pelo fato de haver menção à Emenda 40. Mas não utilizamos a redação inteira”, explicou Ariane. EMENDA Caso os vereadores aprovem emenda que determine a contribuição previdenciária aos futuros servidores inativos, a presidente da autarquia disse que poderá até discutir o texto, mas que a posição do prefeito Eduardo Paes é de não taxar os inativos. “Temos que esperar o processo de votação”. IRRACIONAL “A taxação não existe no projeto. Até porque, há uma discussão nacional sobre a extinção da taxação. Como propor algo que pode estar em vias de ser cancelado? É um pouco irracional. Então, quem propuser isso estará sendo contraditório, antecipando algo que pode cair. Só me parece insensato. O risco maior é para quem cobra, pois pode deixar de existir”, defende Ariane. NA CÂMARA A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, em julho, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555/06, que isenta servidores federais, estaduais e municipais aposentados do recolhimento de contribuição previdenciária. O substitutivo prevê a redução da contribuição a partir dos 61 anos, em 20% ao ano, até chegar a isenção completa, quando o inativo completar 65 anos. BANCO MUNDIAL As medidas apresentadas no PLC 41 fizeram parte do contexto do empréstimo de US$ 1 bilhão concedido pelo Banco Mundial. “O projeto faz parte da reestruturação da nossa dívida. E tem pilares de estabilidade fiscal. A própria reestruturação já é operação para gerar espaço fiscal para o município. Então, o projeto realmente foi um dos pilares de condição de desembolso para o nosso empréstimo. A medida vale para as duas transferências. Não há qualquer possibilidade de alteração dos pilares”, diz Ariane. INVESTIMENTOS A presidente do Previ-Rio explicou que outras medidas fizeram parte do processo de negociação com o Banco Mundial: “A prefeitura vem passando por modificações na gestão. Temos o acordo de resultados, grandes investimentos sendo feitos na Educação e Saúde”. DE OLHO NO FUTURO “Consideramos a questão fiscal, o controle de programação financeira e questão do impacto da previdência. A proposta foi feita vislumbrando o futuro do município, não somente o presente. Quando se fala em desenvolvimento econômico, se fala em saúde financeira sustentável. É um empréstimo revolucionário, o primeiro de desenvolvimento econômico do município”. SEM PARIDADE DE REAJUSTE SEM VINCULAÇÃO A partir da aprovação da lei, os futuros servidores municipais inativos não terão reajuste vinculado aos dos ativos. Atualmente, quando a prefeitura concede aumento ao pessoal da ativa, o mesmo índice é utilizado para calcular o aumento dos inativos. ÍNDICE DE PREÇOS “É o fim da paridade. O projeto estabelece que o aumento será concedido na mesma data que os ativos. Antes, existia o reajuste salarial, não fazia vinculação com o índice de preços. Agora, passa a ter correção por índice de preço. Na prática, os dois continuam a ter correção e o que muda é a vinculação. Estamos criando indexação por inflação e não por paridade salarial”, explica a presidente do Previ-Rio. SEM PREVISÃO Segundo Ariane Di Iorio, não é possível prever hoje qual será o período de inflação que será utilizado para estipular o índice de reajuste dos benefícios dos futuros servidores inativos: “Não há como prever agora algo que só vai acontecer daqui a 30 anos. O projeto não especifica esse detalhe. A regulamentação vai ser mais próxima. Quando a lei em questão for aprovada, os próximos concursos serão regidos pela nova lei. Os servidores dos próximos concursos que se aposentarem terão um novo regime”. CARREIRAS DIFERENTES Sobre a possibilidade de se criar carreiras diferentes dentro do corpo de servidores do Município do Rio, a presidente disse que esse tema foi discutido durante o processo de elaboração do PLC 41. UMA PREOCUPAÇÃO “A preocupação era de não modificar o regime previdenciário dos atuais servidores da prefeitura, de não mexer nesses benefícios. Eu entendo que quem poderia contestar são os novos. Mas dificilmente isso vai acontecer. Essas serão as novas condições. Portanto, ninguém será forçado a fazer nada. Estarão entrando porque querem. Como são para os novos servidores, eles já estão sendo avisados desde agora, alertados que essas são as condições, com um contrato diferenciado”. PILAR FISCAL Para Ariane Di Iorio, a questão da previdência deve ser estudada com máxima atenção, por ser um pilar fiscal que mexe com percentuais de futuros gastos de pessoal. “Obviamente que todas essas medidas têm impacto a longo prazo. É um programa desenhado para modernizar a gestão da prefeitura”. MEDIDAS PARA SALVAR O FUNPREVI CAPITALIZAÇÃO Para tentar reverter as projeções do Tribunal de Contas do Município (TCM) de que os recursos do Fundo de Previdência (Funprevi) vão se extinguir em 2014, a diretoria do Previ-Rio tem estudado algumas alternativas para recuperar a saúde financeira do fundo: “Existem estudos para a capitalização e outras questões de governança corporativa dentro do instituto de previdência”. ROYALTIES “Entre as medidas de capitalização, estuda-se royalties futuros. Sabemos que existe toda uma questão de reforço institucional no Previ-Rio e na gestão de recursos. Estamos estudando em conjunto dentro da Prefeitura do Rio, porque, quando se tira de um, coloca-se no outro, pois o recurso é um só. Essas mudanças previdenciárias, além de atender à Constituição, de alguma forma vão melhorar a saúde financeira do Funprevi”, explica Ariane Di Iorio. DÉFICIT A presidente do Previ-Rio também comentou sobre o déficit de R$ 138 milhões registrado em 2009. Segundo ela, não houve um motivo especial para que a despesa fosse maior que a receita: “É a evolução normal das nossas despesas de pessoal. Então, isso é fato. O problema foi a despesa. E, de fato, o perfil dos funcionários da prefeitura tem essa característica. Nós temos um percentual de inativos alto na folha. E, realmente, as pessoas estão se aposentando e os nossos inativos são relativamente jovens”. PRIMEIRO SEMESTRE "Já houve déficit em 2007 e já estamos em déficit no primeiro semestre. Resultado do fluxo de compromisso com o pagamento de aposentadorias e pensões”. CORTES EM 2009 A presidente do Previ-Rio explicou que as medidas para salvar o Funprevi foram iniciadas em 2009: “Ano passado, foi feita uma série de cortes, por questão de limite de gastos com pessoal, para obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal. Este ano, foi melhor e concedemos o aumento mais cedo”. CÁLCULO ATUARIAL “Apesar de não termos apresentado cálculos externos dos últimos dois anos, temos os nossos cálculos atuariais internos, que nos permite avançar nas medidas preventivas”. DESVIO DE R$ 70 MILHÕES "Já não tem mais relação com a prefeitura. Foi um caso raro de recuperação de recursos. Agora, é com a Justiça”. Por Alessandra Horto e Max Leone

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DESCONSTRUINDO A NAÇÃO - Roberta Close tem mais destaque em livro de História do que Juscelino Kubitschek, afirma o senador ...



Desconstruindo a nação – O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) se sobressaiu ao fazer um pronunciamento da tribuna do Senado criticando a utilização de livros com conteúdo inadequado por parte do Ministério da Educação (MEC).
O parlamentar goiano explicou à reportagem do ucho.info o que o instigou a se aprofundar na leitura dos escabrosos títulos indicados e distribuídos à rede de ensino pública do Brasil. Demóstenes diz que leu os livros do MEC para conhecer a qualidade “didática” das obras avalizadas pelo ministério. “Foi muito desagradável, mas eu quis ler esses livros inclusive de história do Brasil, de Português. É um negócio escandaloso”, avaliou o senador.
“Veja só que Roberta Close, não é uma crítica pontual. A Roberta Close tem mais destaque no livro do que Juscelino Kubistchek, do que Dom João VI, quer dizer, que vulto histórico é esse que tem maior presença na história do Brasil.”
Quando se trata da avaliação de alguns contos, o senador é mais rigoroso na crítica. “Uma menina de em torno de 10 anos de idade é estuprada e ela gosta do estupro. Gosta de ser chamada de vagabundinha. Nós estamos perdendo o senso do ridículo”, ressalta. Na opinião de Demóstenes, é indecência o que se divulga nos livros destinados aos estudantes. “Não podemos de forma alguma aceitar que isso continue. Nós já pedimos uma audiência pública. O senador Pedro Simon quer discutir esse assunto, o senador Cristovão Buarque também porque são materiais didáticos distribuídos Brasil a fora.”
Demóstenes também analisa o impacto das obras. “Acabam gerando problema gravíssimo em termos de aprendizado e desvirtua completamente a educação ideologizada. Em muitos lugares há uma propaganda explícita do ex-presidente Lula. É uma tentativa doutrinária de reinventar o Brasil. A situação é terrível. Primeiro que quando se ensina ideologia não se ensina o essencial. Não se ensina matemática, Português, Literatura, língua estrangeira, não se ensina História do Brasil. Então, consequentemente, os alunos não se preparam para enfrentar a vida.”

Carta de Pedro Ivo à Academia Brasileira de Letras


O motivo da carta foi o mau comportamento de Eduardo Portella durante uma palestra do poeta Pedro Ivo. Para quem não se lembra, Eduardo Portella foi o ministro da educação que, quando demitido pelo Presidente Figueiredo, disse : “ não SOU ministro, ESTOU ministro”; isto permitiu que a sociedade brasileira (kkk) tomasse conhecimento da diferença entre SER e ESTAR, qual seja, “ser” é condição permanente de “estar”, e “estar” é condição provisória de “ser”. Atualmente, este achado (kkk) do ex-ministro é repetido bocomente por muitos como prova de inteligência e originalidade...
Em tempo: Eduardo Portella foi dos primeiros a lançar a tintura vermelha para encobrir a cabeleira grisalha, o que apresentava um notável contraste com as rugas da velhice. (Atualmente, a tintura vermelha é conhecida por “Coleston ditador”...)

"Sr. Presidente,

Senhoras Acadêmicas,

Senhores Acadêmicos,

Nesta Academia, como em todas as corporações que se regem pelas normas da civilização, da boa educação, da polidez e da conviviabilidade, o silêncio do auditório, durante a fala de um dos seus integrantes, é um princípio pétreo.

Esse princípio, Sr. Presidente, foi vulnerado quinta-feira última, quando eu estava falando sobre Gonçalves de Magalhães.

Durante 25 minutos, este auditório ouviu, ininterruptamente, ganidos, gemidos, vagidos, coaxos, grasnidos, uivos, ladridos, miados, pipilos e arrulhos intoleráveis, senão obscenos, de um macilento boquirroto ostensivamente deliberado a tisnar e perturbar a minha exposição.

Momentos antes, Sr. Presidente, V. Exa. exarava o seu zelo por esta Casa versando sobre a quilometragem exorbitante de um dos táxis que servem aos acadêmicos do plenário e que, em seu alto juízo, golpeava as burras fartas desta Academia, a mais rica do mundo.

Esse zelo, que é louvável, ou extremamente louvável, se cingiu na sessão de 5. feira última, a um inquietante item monetário, e não voltou a florescer quando um dos mais antigos integrantes desta Casa discorria sobre Gonçalves de Magalhães.

Entendo que era dever inarredável de V. Exa. impor então ao auditório o silêncio de praxe, exercendo plenamente a sua Presidência.

Esse entendimento, aliás, não é só meu --- mas ainda o de outros companheiros que, finda a sessão, e ao longo da semana, estranharam a omissão, leniência ou tolerância de V. Exa.

Houve até companheiros que me externaram a opinião de que eu deveria ter suspendido a minha palestra, já que ela fluía num ambiente toldado pela enxurrada de grasnidos a que já aludi.

E não posso nem devo esconder que outros confrades, apreciadores das soluções surpreendentes ou belicosas que quebram a monotonia da vida e das instituições me interpelaram, surpresos, desejosos de saber onde estava a minha alagoanidade, que não se manifestara.

A todos esses companheiros fiéis à tradição de urbanidade e conviviabilidade desta Academia, onde estou há 25 anos, expliquei o ter lido o meu texto até o fim.

Deus, em sua infinita generosidade, assegurou-me, aos 87 anos, o timbre de voz de minha juventude.

Não pertenço à raça dos velhos trôpegos que, com voz de falsete, emitem arrulhos indecorosos em ocasiões em que a decência reclama o ritual do silêncio.

Mas a razão decisiva que me levou a não suspender a minha palestra é outra. Além de ter mantido em mim a voz de minha juventude, Deus me aquinhoou com o sentimento da misericórdia --que é a compaixão suscitada pela miséria alheia-- e da piedade, que é dó e comiseração.

Confesso, Sr. Presidente, que me confrange o coração assistir ao penoso espetáculo dos que, alcançada a velhice, ostentam em seu trajeto os sinais indeléveis e quase póstumos da decadência física, mental e moral aceleradas, e mesmo amparados por bengalas astutas rastejam nos salões, corredores e auditórios tão lastimosamente, com os olhos mortiços fixados no chão, como se temessem resvalar em uma cova aberta.

Há velhos que não sabem envelhecer e, desprovidos da alegria e do amor à vida, e do emblema do convívio, destilam ódio, inveja e despeito, porejam calúnias e intrigas, bebem o fel do ostracismo e da obscuridade.

Há velhos que procuram enganar-se a si mesmos, pintando os cabelos, embora as florejantes e fartas cabeleiras antigas já tenham sido devastadas pela sabedoria ou impiedade dos tempo, que as converte em insidiosas relíquias capilares.

Esses velhos enganosos e enganados, o padre Manuel Bernardes os estampilha de "tintureiros de si mesmo".

No episódio em pauta, o uso imoderado dessa tintura, ou pintura, para esconder o inescondível e disfarçar o indisfarçável, casa-se com a boquirrotice provocadora.

Mas, tintureiro de si mesmo e boquirroto, esse personagem bizarro merece e reclama, de nossa parte, não um ato agressivo ou belicoso, ou alagoano, mas a muda expressão dessa piedade e dessa misericórdia que devem habitar sempre os nossos corações.

Encerro esta palesta com um verso de Lucrécio: "É doce envelhecer de alma honesta".

Deus guarde V. Exa. Senhor Presidente, e os demais integrantes desta Casa.

Tenho dito."

domingo, 17 de abril de 2011

Preconceito ideológico prejudica Copa (Editorial)

Política – 17 de abril de 2011



O Globo



O mais recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o andamento das obras em aeroportos vitais para o sucesso da Copa no Brasil, por estarem em cidades-sede do torneio, confirma um sério problema, anunciado há tempos.



Dos 13 terminais, nove não estarão prontos em 2014.



As melhorias projetadas para os aeroportos de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos (São Paulo), Salvador, Campinas e Cuiabá só estarão concluídas em 2017, três anos depois da Copa e um após as Olimpíadas do Rio. (Preparem-se para dissabores, turistas olímpicos interessados em conhecer outras regiões do país.)



Os dois restantes — Confins, de Belo Horizonte; e o de Porto Alegre — estarão prontos em 2016. Conclui-se: como foi dito e repetido, a estatal Infraero não tinha condições de executar o projeto Copa. E não teve mesmo.



O próprio trabalho do Ipea, um órgão oficial, afirma ser necessário um “choque de gestão” para a empresa tocar investimentos com eficiência. É o que tenta agora — tardiamente, para efeito de Copa e Olimpíadas — o governo Dilma Rousseff.



Para aplicar os R$ 5,6 bilhões previstos para daqui a 2014, a empresa teria de investir, por ano, R$ 1,4 bilhão, o triplo do que tem gasto em média nos últimos oito anos, segundo o Ipea.



Os números são cabais: a meta não será, de fato, alcançada pela estatal.



Na esteira da repercussão da notícia, vieram as declarações de praxe. Para o ministro Wagner Bittencourt de Oliveira, da recém-criada Secretaria de Aviação Civil, à qual a Infraero está subordinada, as obras estão no “cronograma adequado”.



Qualquer um é livre para falar o que bem entender, mesmo diante de números irrefutáveis e de fonte insuspeita.



Uma alternativa será alterar normas para licitações públicas e controles, a fim de acelerar as obras. Apressar a tramitação de projetos e a execução de obras públicas não é um mal em si, pois há muita burocracia a eliminar.



Também, em princípio, é correta a tese de que, em vez de o Tribunal de Contas paralisar obras, que se punam os responsáveis pelas irregularidades.



Mas o grande problema é que, no Brasil, quando se defende “flexibilizar” para “agilizar” investimentos públicos, quase sempre se beneficiam esquemas de corrupção via superfaturamento de despesas, manipulação nas especificações de materiais, entre outros golpes.



Chega-se a suspeitar que atrasos são programados para se “flexibilizar” e “agilizar”.



Desde o governo Lula, alerta-se que, sem a privatização de aeroportos, o setor não acompanharia a expansão da demanda, como não acompanhou. Durante todo o segundo mandato do presidente o sistema aeroportuário brasileiro confirmou o diagnóstico.



Porém, preconceitos ideológicos existentes em Brasília contra a iniciativa privada barraram qualquer movimento mais sério para a concessão de terminais, existentes ou a construir. Juntaram-se aos estatistas os clientelistas de sempre, interessados em não perder influência na Infraero e os correspondentes benefícios pecuniários.



O estudo do Ipea acaba com qualquer dúvida sobre a imperiosidade da participação de capitais privados no sistema.



Pelo menos a presidente Dilma, avessa às licitações quando na Casa Civil, já demonstrara ter mudado de opinião. Agora, está claro para todos que o tempo corre contra.

SABEDORIA INDÍGENA

Um velho índio descreveu certa vez seus conflitos internos:

"Dentro de mim existem dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro passivo é muito bom. Os dois estão sempre brigando."

Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: "Aquele que eu alimento".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Prefeito e secretária de Educação inauguram escola e entregam duas unidades reformadas

SME - Secretaria Municipal de Educação

Prefeito e secretária de Educação inauguram escola e entregam duas unidades reformadas



http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/exibeconteudo?article-id=1672731



01/04/2011 » Autor: Fernanda Reis



O prefeito Eduardo Paes e a secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, inauguraram o novo prédio da escola IV Centenário, no Complexo da Maré, na manhã desta sexta-feira (dia 1).

Em seguida, o prefeito e a secretária inauguraram a nova escola municipal Raphael de Almeida Magalhães, em Jardim Bangu, e entregaram as novas instalações do Ciep Padre Paulo Correa de Sá, em Padre Miguel, que também ganhou um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil).

As inaugurações fazem parte de uma série de 16 novas unidades de ensino nas Zonas Oeste e Norte, entre EDIs e escolas do ensino fundamental, que serão entregues à população durante o mês de abril. As unidades, que tiveram um investimento total de R$ 23.501.226,15 milhões, beneficiam 4.368 alunos nas regiões, entre as mais carentes da cidade.



A Escola Municipal IV Centenário, que atende 471 alunos, ganhou uma completa reforma, incluindo a sala de informática, a biblioteca e o auditório, enquanto que o Ciep Padre Paulo Corrêa de Sá, com 648 alunos atendidos, ganhou uma sala de informática, e a substituição de todas as portas, com colocação de identidade visual em toda a unidade, além de um EDI. Já a nova Escola Municipal Raphael de Almeida Magalhães, com 800 vagas, conta com 13 salas de aula, quadra coberta e sala de informática, além da estrutura básica.



Durante as inaugurações, a secretária Claudia Costin ressaltou a importância de um ensino de qualidade e afirmou que mais importante que uma boa edificação escolar, é um professor dedicado a ensinar.



- O que educa não são os prédios, são os professores, mas uma boa infraestrutura gera bons resultados nos trabalhos realizados por eles. Progressivamente estamos uniformizando a infraestrutura das escolas da rede para que os nossos alunos sejam bem recebidos e nossos professores tenham melhores condições para educá-los – constatou a secretária.



O prefeito Eduardo Paes destacou a prioridade que a educação vem recebendo em sua gestão.



- Minha prioridade sempre foi o ensino, a primeira decisão tomada na minha gestão foi o fim da aprovação automática, pois essa é uma medida que não corresponde a um ensino de qualidade, e um ensino de qualidade também representa uma boa infraestrutura nas unidades escolares. A escola traz para essas crianças o futuro e esses novos prédios vão abrigar o sonho de todas elas – afirmou o prefeito.



Na educação infantil, a ampliação do atendimento nas creches da Prefeitura e conveniadas, gerando 30 mil novas vagas, é uma das metas da atual gestão. De janeiro de 2009 até fevereiro deste ano, a Prefeitura já criou 9.200 novas vagas, em 17 novas unidades construídas e mais 110 unidades adaptadas para receber EDIs. Em abril, serão mais 2.450 vagas em novos EDIs.





AS 16 UNIDADES DE ENSINO



1. - Escola 4º Centenário (novo prédio) – Complexo da Maré ;Vagas: 471



2. - Escola Rafael de Almeida Magalhães (escola nova) – Bangu ;Vagas: 800



3. - EDI Professora Edithe Marques de Souza – Padre Miguel ;Vagas: 150



4. - Ciep Padre Paulo Corrêa de Sá – Padre Miguel ;Vagas: 648



5. - EDI do Ciep Darcy Ribeiro – Campo Grande ;Vagas: 150



6. - EDI do Ciep Lamartine Babo – Campo Grande ;Vagas: 200



7. - EDI do Ciep Nelson Mandela - Campo Grande ;Vagas: 150



8. - EDI do Ciep Amilcar Cabral – Bangu ;Vagas: 300



9. - EDI do Ciep Antonio Evaristo de Moraes – Senador Camará ;Vagas: 175



10. - EDI do Ciep Anton Macarenko – Costa Barros ;Vagas: 175



11. - EDI do Ciep Chanceler Willy Brandt – Jacaré ;Vagas: 175



12. - EDI Maciço da Tijuca – Morro do Turano/Tijuca ;Vagas: 175



13. - EDI Pescador Isidoro Duarte – Complexo da Maré ;Vagas: 175



14. - EDI do Ciep Luis Carlos Prestes - Cidade de Deus ;Vagas: 300



15. - EDI Dona Perciliana - Cidade de Deus ;Vagas: 200



16. - EDI do Ciep Pablo Neruda – Taquara ;Vagas: 300

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO...

Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o PROFESSOR!


É jovem, não tem experiência.


É velho, está superado.


Não tem automóvel, é um pobre coitado.


Tem automóvel, chora de "barriga cheia".


Fala em voz alta, vive gritando.


Fala em tom normal, ninguém escuta.


Não falta ao colégio, é um 'caxias'.


Precisa faltar, é um 'turista'.


Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.


Não conversa, é um desligado.


Dá muita matéria, não tem dó do aluno.


Dá pouca matéria, não prepara os alunos.


Brinca com a turma, é metido a engraçado.


Não brinca com a turma, é um chato.


Chama a atenção, é um grosso.


Não chama a atenção, não sabe se impor.


A prova é longa, não dá tempo.


A prova é curta, tira as chances do aluno.


Escreve muito, não explica.


Explica muito, o caderno não tem nada.


Fala corretamente, ninguém entende.


Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.


Exige, é rude.


Elogia, é debochado.


O aluno é reprovado, é perseguição.


O aluno é aprovado, deu 'mole'.



É, o professor está sempre errado....

mas, se conseguiu ler até aqui,
agradeça a ele!

domingo, 3 de abril de 2011

cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.

RESPOSTA REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a
reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada” . É com
grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do
mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama
desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para
diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam
que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos
repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e
observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de
estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais
inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza
trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades
escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias
impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas
essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas
brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações
que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela
sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância
onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível
faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não
cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço
comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?
De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador
alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o
que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na
vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens
procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos
atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na
vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para
quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos
brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente
brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas
aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional
diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e
fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série.
Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E
tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes,
trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura
em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à
biblioteca e outros locais educativos (benza,
Deus, só os mais corajosos!) e
algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios
interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E,
mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso,
esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como
provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é
cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 min de intervalo,
onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o
cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor
tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que
trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que
embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde?
Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados. .. Mera
ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só
permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando- se
e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os
que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre
Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas,
ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre
outras coisas.
Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para
motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de
agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez
agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura
Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus
cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou.
Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem
estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante
de tantas chances, e com indisciplina. .. E isso é um crime!
Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples.
Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já
são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os
professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há
disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o
professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos,
capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a
grande maioria dos professores está constantemente estudando e
aprimorando- se.
Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros,
materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de
nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior
quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras
possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos,
também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno
não seja destruído por ele mesmo . Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a
preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô,
coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente! !!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para
evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados
de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os
professores até agora não responderam a todas as acusações de serem
despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas
motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem
custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

terça-feira, 29 de março de 2011

15 mitos da Educação

15º MITO

Conteúdo dado é conteúdo aprendido

Por que é um mito? Ensino e aprendizagem são processos distintos. O professor ensina, propõe atividades e problemas, mas isso não significa que todos aprendam da mesma forma.

Por que derrubá-lo? Dar conta de todo o programa é um desafio! Por outro lado, não adianta prosseguir com o cronograma se os alunos não estiverem entendendo. Seguir para o próximo assunto e ignorar aqueles que estão com dificuldade pode trazer impactos cada vez mais difíceis de superar. Quando necessário, é preciso voltar ao mesmo assunto com outras formas de abordagem.

"Não é possível culpabilizar o aluno pelo fracasso. Se o contexto social não é favorável, o investimento educacional precisa ser maior."
Telma Weisz, supervisiona o programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=14

15 mitos da Educação

14º MITO

Os alunos aprendem mais quando a atividade é lúdica

Por que é um mito? Aprender pressupõe um esforço cognitivo e requer força de vontade, disciplina, concentração e dedicação. Atividades dinâmicas e divertidas não garantem, necessariamente, todas essas condições em sala.

Por que derrubá-lo? O conhecimento deve fazer as pessoas se sentirem inteligentes, capazes, fortes e autônomas. O grande desafio da escola é demonstrar a importância do saber na sociedade moderna e o quanto aprender pode ser desafiante e interessante. É dessa sensação que deve vir a satisfação pelo estudo. As brincadeiras certamente deixam os alunos mais animados, mas, se você tem como objetivo levar a turma a aprender os conteúdos previstos em cada disciplina, o melhor caminho é propor situações desafiadoras, que façam sentido para o aluno e valorizem o seu esforço em superar limites. Para planejá-la, a primeira condição é conhecer o que todos já sabem. Assim, você não apresenta um desafio tão difícil que possa desmotivá-los nem tão fácil que os desestimule a dedicar tempo a ele.

"Brincadeiras e jogos não devem ser utilizados como recurso para que os alunos façam uma atividade. A motivação precisa ser a aprendizagem. Esse é o desafio."
Bernard Charlot, professor visitante na pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=14

segunda-feira, 28 de março de 2011

15 mitos da Educação

13º MITO

É papel da escola elevar a autoestima dos estudantes.

Por que é um mito? A principal função da instituição é ensinar os conteúdos curriculares. Não é por meio de elogios rasgados e premiações para os que fazem as tarefas mais rapidamente que a garotada vai se sair bem.

Por que derrubá-lo? O aluno se sente capaz quando reconhece que aprendeu algo e, para que isso ocorra, é preciso que o professor saiba o nível em que está cada um. Vale lembrar que aprendemos com os erros e a avaliação eficiente é capaz de apontar em quais aspectos cada um pode melhorar. Somente boas condições de aprendizagem podem contribuir para elevar a autoestima rebaixada em relação ao desempenho escolar insuficiente. Quando um estudante com dificuldades é comparado com os melhores da sala, seu esforço pode sinalizar apenas mais um fracasso e o resultado será novamente a desmotivação.

"Muitas vezes, o fracasso escolar é atribuído a problemas emocionais ou psicológicos. Porém a principal causa dele são condições inadequadas de aprendizagem em classe."
Sueli Edi Rufini, professora do Centro de Educação, Comunicação e Artes da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=9

15 mitos da Educação

12º MITO

Trabalho em grupo sempre gera indisciplina.

Por que é um mito? O movimento em classe e a troca de ideias podem gerar barulho, mas isso não é sinônimo de desordem. Muitas vezes, um ambiente quieto e o "bom comportamento" podem esconder dúvidas e problemas de aprendizagem.

Por que derrubá-lo? A atividade em grupo, em muitas situações, é a dinâmica mais eficiente e pode trazer melhores condições de aprendizado. A interação favorece a cooperação, possibilita que os estudantes entendam pontos de vista mais próximos dos seus e até revejam seus argumentos. Em geral, os mais curiosos, questionadores, que levantam dúvidas, trazem informações de seu cotidiano e contrapõem ideias são aqueles que mais aprendem.

Quando a proposta é adequada aos objetivos e motiva a todos, é grande a possibilidade de bons resultados. O importante, aqui, é acompanhar de perto o trabalho de cada grupo para garantir a produtividade.
"Quando o trabalho em grupo é orientado e supervisionado, os estudantes se sentem envolvidos e dificilmente se dispersam."

Maria Suzana de Stefano Menin, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus de Presidente Prudente.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=9

15 mitos da Educação

11º MITO

A cópia e a repetição são boas estratégias de ensino.

Por que é um mito? Apenas copiar ou fazer exercícios repetitivos não garante a aprendizagem dos alunos.

Por que derrubá-lo? Apesar de serem práticas comuns em muitas escolas, as cópias e outras atividades de repetição por si só não ajudam a criança a avançar. Passar longos textos do quadro para o caderno ou resolver inúmeros exercícios do mesmo tipo consome um tempo precioso da aula, que poderia ser mais bem aproveitado com outras situações didáticas desafiadoras.

A ideia não é abolir de vez essas estratégias, mas só empregá-las quando houver contribuição para o aprendizado de determinada habilidade, como jogar várias vezes o mesmo jogo para aprimorar suas estratégias.
"Para aprender não é suficiente repetir um conteúdo ou memorizá-lo. Somente é possível aprender quando há reflexão sobre aquilo que se faz."
Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da USP.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=9

15 mitos da Educação

10º MITO

Sem a possibilidade de reprovação, os alunos perdem o respeito pelo professor.

Por que é um mito? A reprovação não é um mecanismo de punição, e sim uma medida extrema tomada quando não há possibilidade de o aluno avançar. A autoridade do professor é garantida quando ele trata os estudantes com respeito, domina os conteúdos de sua disciplina e apresenta propostas desafiadoras intelectualmente, que os fazem progredir.

Por que derrubá-lo? Em geral, educadores que recorrem à avaliação como meio de pressão não estão conseguindo tornar a aprendizagem significativa para os alunos. Quando crianças e jovens reconhecem que os resultados de provas, por exemplo, podem ser direcionados contra eles próprios, criam uma aversão a elas. A avaliação deve sempre ser vista como uma forma de verificar o quanto cada um avançou. Se bem elaborada, ela permite identificar as dificuldades dos alunos e, com base nisso, trabalhar para que eles se recuperem em tempo. Assim, a repetência não é mais necessária.

"A escola precisa deixar de buscar os culpados pelo fracasso escolar e passar a partilhar as responsabilidades. A motivação dos alunos deve ser aprender e não apenas passar de ano."

Ana Aragão, pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral (Gepem), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=9

domingo, 27 de março de 2011

15 mitos da Educação

9º MITO

A repetência sempre melhora o desempenho

Por que é um mito Vários estudos apontam que a reprovação tem um alto custo educacional. Quanto mais o estudante repete, maiores as possibilidades de que ele seja reprovado novamente ou abandone a escola.

Por que derrubá-lo Para deteminar o que cada aluno aprendeu, não há dúvida de que é necessário avaliá-lo. A questão é o que se faz com as informações trazidas por provas e outros instrumentos. Reprovar a criança por não ter atingido os objetivos propostos e submetê-la a aulas sobre os mesmos conteúdos, inclusive aqueles que ela já domina, dificilmente vai contribuir para que aprenda mais. Uma pesquisa da UFMG comprovou isso. Com base nos resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa), promovido pela Secretaria Estadual de Educação, alunos com baixo desempenho que repetem aprendem menos do que os que passam de ano. Para reduzir o índice de 11% dos que fracassam anualmente no Ensino Fundamental no país, a saída é adotar diferentes estratégias de ensino para que quem apresente dificuldades possa se recuperar durante o ano letivo.

"A repetência não traz benefícios para o aluno. Ele não vai aprender mais ao ser afastado de sua turma e passar mais um ano assistindo às mesmas aulas dadas no ano anterior. É preciso avaliar quais são suas deficiências. Não basta passar de ano. O importante é aprender."
Vera Masagão, pesquisadora e coordenadora geral da Ação Educativa, em São Paulo.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=5

15 mitos da Educação

8º MITO
Creche é um mal necessário

Por que é um mito Ter um bom desenvolvimento na primeira infância é um dos fatores que mais influenciam o sucesso escolar. Mais do que cuidar da criança e alimentá-la, a creche tem como função proporcionar diferentes experiências de socialização a ela.

Por que derrubá-lo A maior presença da mulher no mercado de trabalho tem ampliado a demanda por creches. Porém a decisão de matricular os pequenos não deve ser feita apenas porque os pais trabalham e não há quem cuide deles. O grande desafio é consolidar essa etapa da Educação Infantil como um momento educativo, que potencialize o desenvolvimento integral e a socialização.

"A creche não deve ser obrigatória, mas é fundamental quando, em casa, não há espaço e materiais adequados para brincar ou a possibilidade de interagir com outras crianças."
Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, coordenadora do Centro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil (Cindedi) da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=5

sábado, 26 de março de 2011

15 mitos da Educação

7º MITO

Meninos são melhores em Matemática

Por que é um mito Todos possuem a mesma capacidade de aprendizagem, independentemente do sexo.

Por que derrubá-lo Várias pesquisas demonstram, sim, que há diferenças no aprendizado entre homens e mulheres em diversas áreas. Entretanto, é necessário compreender que as diferenças são fruto de uma questão de gênero - e não biológica, inata. A divisão de papéis sociais entre meninos e meninas é que contribui para o desenvolvimento de capacidades que facilitam o aprendizado dessa ou daquela disciplina. Para superar essa realidade, é essencial que tanto a família como a escola deem as mesmas oportunidades e desafios para todos.

"Aprender, independentemente do sexo, é uma questão de igualdade de oportunidades e de direitos."
Daniela Finco, professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus de Guarulhos.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=5

15 mitos da Educação

6º MITO
Muitas crianças não aprendem porque vêm de famílias desestruturadas

Por que é um mito? Há casos de sucesso e de fracasso escolar nas diferentes organizações familiares. A existência de um núcleo tradicional - com pai, mãe e filhos - não determina a maior atenção à Educação em casa.

Por que derrubá-lo? Pesquisas apontam que os alunos têm melhor desempenho quando seus pais conhecem bem o sistema escolar, conversam sobre leituras realizadas e têm maior expectativa em relação à escolaridade deles. Essa atenção pode ser garantida em diferentes estruturas podem estimular a vida escolar dos filhos desde que saibam como. Conhecendo seus alunos e o contexto social em que vivem, a escola pode ajudar as famílias a reconhecer o valor da assiduidade e garantir um ambiente de aprendizado em casa.

"É mais importante avaliar em que aspectos a família pode contribuir com o aprendizado dos filhos do que a forma como ela está estruturada."
José Francisco Soares, professor titular aposentado da UFMG.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=5

15 mitos da Educação

5º MITO

Para os pequenos, livros ilustrados e com texto curto são os melhores.

Por que é um mito? Desde cedo, as crianças precisam ter contato com bons livros, não só com belas ilustrações, mas também com narrativas de qualidade. Isso é o que torna a leitura prazerosa.

Por que derrubá-lo? No passado, o primeiro livro era um presente para as crianças que aprendiam a ler. Hoje, no entanto, está comprovado cientificamente que, quanto mais cedo elas entram em contato com o mundo das letras, maiores as possibilidades de se tornarem futuras leitoras. Publicações com poucas palavras ou frases soltas podem parecer mais adequadas às turmas que ainda não foram alfabetizadas - mas acabam somente passando a ideia de que a leitura é sempre rápida e fácil. Ouvindo textos maiores e melhores, os pequenos ampliam progressivamente a capacidade de ouvir e de se concentrar. Ao ter a oportunidade de conhecer a boa literatura, eles entendem, de fato, por que vale a pena ler.

"As crianças não devem ser subestimadas, e sim concebidas como leitores plenos desde antes da alfabetização."
Elizabeth D'Angelo Serra, secretária geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=4

15 mitos da Educação

4º MITO

Educação se aprende em casa. Cabe à escola apenas ensinar os conteúdos

Por que é um mito? A escola, além de dar conta do currículo das disciplinas, também é um espaço de socialização, em que se aprendem regras de convivência e o respeito às diferenças.

Por que derrubá-lo? É papel da família, sem dúvida, orientar as crianças para que elas dominem algumas regras básicas de conduta. Essa tarefa, entretanto, não é apenas uma atribuição dos pais. A escola também é responsável por ensinar regras coletivas, que são valorizadas pela cultura da sociedade de que ela faz parte, e que nem sempre são seguidas em casa. É essencial para os estudantes ter outros adultos como referência, além da própria família. O professor, certamente, é um deles e, por isso, pode causar um impacto muito positivo na vida deles.


"Não é justo esperar que os pais, cuja maioria tem escolaridade menor que a dos filhos, ensinem a eles todas as habilidades e competências que precisam ser aprendidas ao longo da vida."
Patrícia Mota Guedes, pesquisadora da Fundação Itaú Social, em São Paulo.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=0

15 mitos da Educação

3º MITO

Criança pobre não aprende.

Por que é um mito? Todos podem aprender, independentemente de sua condição socioeconômica.

Por que derrubá-lo? A ideia de que crianças das camadas mais pobres não avançam nos estudos é fruto de um déficit histórico do país com a Educação. Somente na década de 1990, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de 90% da população de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental - hoje esse índice é de 97,6%. Isso possibilitou a inclusão na escola de milhares de crianças, cujos pais, em sua maioria, estiveram fora do sistema de ensino. Muitas chegaram - e ainda chegam - às salas de aula sem nunca ter tido acesso a livros, revistas e jornais, por exemplo. Esses, no entanto, não são motivos para que haja dificuldades na compreensão dos conteúdos. Se o país avançou na ampliação do acesso e estudar é um direito universal, cabe agora ao sistema oferecer um ensino de qualidade, garantindo a permanência de todos nas salas de aula. A solução é permitir que cada estudante avance do ponto em que está. Ao fim da Educação Básica, espera-se que todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente de seu contexto econômico e social. Para que isso ocorra, vários fatores são essenciais: formação inicial e continuada de qualidade para a equipe escolar, infraestrutura, um currículo coerente com a realidade local e um acompanhamento constante.

"A escola é, por excelência, o espaço da garantia da aprendizagem. Se o contexto social dos alunos não contribui, cabe a ela proporcionar as oportunidades necessárias."
Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC).

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=0

15 mitos da Educação

2º MITO

A função mais importante da escola é formar cidadãos.
Por que é um mito? Não se pode desvalorizar a cultura escolar propriamente dita para dar mais importância a dimensões extracurriculares.

Por que derrubá-lo Não há como ser contra oferecer uma Educação integral aos estudantes e ensiná-los para a cidadania - ideia que começou a chegar à escola no fim do século 19. Nos últimos anos, inúmeros temas foram incorporados desenfreadamente ao currículo com esse objetivo. Porém isso não pode tomar mais tempo e energia dos professores do que atividades básicas, como a alfabetização e o ensino dos conteúdos de cada uma das disciplinas. Para dar conta dessa formação tão ampla, a articulação é o caminho. Outras instituições além da escola - como espaços culturais e asssociações comunitárias - podem contribuir com a aprendizagem de aspectos relacionados à cidadania e à cultura.

"As aprendizagens escolares são uma condição fundamental da cidadania. Ninguém é cidadão, de corpo inteiro, se não conhecer a língua e a história, a matemática e as ciências, a filosofia e as artes."
António Nóvoa, educador português e reitor da Universidade de Lisboa.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=0

15 mitos da Educação

1º MITO

Para ser um bom professor é preciso ter dom e vocação
Por que é um mito A docência não é uma capacidade inata, e sim uma carreira que, como outras, pressupõe esforço pessoal e formação que possibilitem o domínio de aspectos teóricos e práticos ligados à aprendizagem.

Por que derrubá-lo Um dos grandes desafios do país é a revalorização da carreira docente - com bons salários e condições de trabalho dignas para os educadores. Para que isso ocorra, é necessário que todos tenham acesso à formação inicial e continuada de qualidade. Só com estudos constantes, planejamento e dedicação, é possível ser um bom professor, ou seja, ensinar todos os estudantes.

"Não é admissível que alguém lecione apenas porque gosta de crianças ou acredita que leva jeito. A docência exige conhecimentos científicos."
Carlos Roberto Jamil Cury, professor titular aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/15-mitos-educacao-621800.shtml?page=0

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Educação ainda não é para todos

Segundo a vice-presidente de Educação da Unesco, Ana Luiza Machado, falta equiparar o ensino nas escolas e erradicar o analfabetismo de adultos.

Há 12 anos, a educadora mineira Ana Luiza Machado acompanha de postos privilegiados os números da Educação nacional. Como chefe do escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para a América Latina e o Caribe, ela pôde analisar, em Santiago, no Chile, o avanço do Brasil em relação aos vizinhos do continente em setores como a universalização do Ensino Fundamental. No início de 2007, mudou-se para Paris, onde assumiu a vice-presidência do programa de Educação do órgão para todo o planeta. Desde então, teve a oportunidade de comparar nosso desempenho com o de cerca de 200 nações. Ana Luiza coordena pesquisas sobre questões ligadas ao professor: carreira, formação, saúde e condições de trabalho, entre outras. Com base nesses dados, cria projetos em parceria com universidades e governos a fim de minimizar os problemas detectados. Recentemente, propôs que a Universidade Federal de Minas Gerais criasse um curso de formação de lideranças escolares. A idéia está em estudo. Nesta entrevista, ela comenta a posição do Brasil no mais recente relatório do Programa Educação para Todos (EPT).

sexta-feira, 18 de março de 2011

SÍNDROME DE ASPERGER, VOCÊ CONHECIA?

11/03/2011
SÍNDROME DE ASPERGER, VOCÊ CONHECIA?

A chamada síndrome de Asperger, transtorno de Asperger ou desordem de Asperger, é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido proposta a sua eliminação do “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM), sendo confundida com o autismo

A SA é mais comum no sexo masculino. Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como VernonSmith, Prêmio Nobel de Economia de 2002).

Alguns sintomas desta síndrome são: dificuldade de interação social, falta de empatia, interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.

Alguns estudiosos afirmam que grandes personalidades da História possuíam fortes traços da síndrome de Asperger, como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o compositor Mozart, os filósofos Sócrates e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley Kubrick e Andy Warhol e o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer.

Características

* Interesses específicos ou preocupações com um tema em detrimento de outras actividades;
* Rituais ou comportamentos repetitivos;
* Peculiaridades na fala e na linguagem;
* Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo (às vezes comparado com os traços de personalidade do personagem Spock de Jornada nas Estrelas);
* Comportamento socialmente e emocionalmente impróprio e problemas de interacção inter pessoal;
* Problemas com comunicação não-verbal;
* Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados.

Habilidades sociais e controle emocional

- Não desfruta normalmente do contato social. Relaciona-se melhor com adultos que com crianças da mesma idade. Não se interessa pelos esportes.

- Tem problemas de brincar com outras crianças. Não entende as regras implícitas do jogo. Quer impor suas próprias regras, e ganhar sempre. Talvez por isso prefira brincar sozinho.

- Custa-lhe sair de casa. Não gosta de ir ao colégio e apresenta conflitos com seus companheiros.

- Custa-lhe identificar seus sentimentos e os dos demais. Apresenta mais birras que o normal. Chora com facilidade por tudo.

- Tem dificuldades para entender as intenções dos demais. É ingênuo. Não tem malícia. É sincero.

Habilidades de comunicação

- Não pode olhar nos olhos quando fala contigo. Crê em tudo aquilo que lhes dizem e não entende as ironias. Interessa-se pouco pelo que dizem os outros. Custa-lhes entender uma conversa longa, e muda de tema quando está confusa.

- Fala muito, em tom alto e peculiar, e usa uma linguagem pedante, extremamente formal e com um extenso vocabulário. Inventa palavras ou expressões idiossincrásicas.

- Em certas ocasiões, parece estar ausente, absorto em seus pensamentos.

Habilidades de compreensão

- Sente dificuldade em entender o contexto amplo de um problema. Custa-lhe entender uma pergunta complexa e demora para responder.

- Com frequência não compreende uma crítica ou um castigo. Assim como não entende que ele deve portar-se com distintas formas, segundo uma situação social.

- Tem uma memória excepcional para recordar dados e datas.

- Tem interesse especial pela matemática e as ciências em geral.

- Aprende a ler sozinho ainda bem pequenos.

- Demonstra escassa imaginação e criatividade, por exemplo, para brincar com bonecos.

- Tem um senso de humor peculiar.

Interesses específicos

- Quando algum tema em particular o fascina, ocupa a maior parte do seu tempo livre em pensar, falar ou escrever sobre o assunto, sem importar-se com a opinião dos demais.

- Repete compulsivamente certas ações ou pensamentos para sentir-se seguro.

- Gosta da rotina. Não tolera as mudanças imprevistas. Tem rituais elaborados que devem ser cumpridos.

Habilidades de movimento

- Possui uma pobre coordenação motora. Corre num ritmo estranho, e não tem facilidade para agarrar uma bola.

- Custa-lhe vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis.

Outras características

- Medo, angústia devido a sons como os de um aparelho elétrico.

- Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça.

- Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado.

- Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor.

- São tardios em adquirir a fala, em alguns casos.

- Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais.

Há uma grande variedade de tratamentos para ajudar indivíduos que possuem a Síndrome de Asperger

Alguns tratamentos e estratégias permitem ajudar estes indivíduos para aprenderem melhor, ter maiores habilidades sociais e mais facilidade de comunicação e integração, tornando-os capazes de interagir socialmente de forma mais naturalmente.

Atualmente, na Síndrome de Asperger, como também na maioria dos transtornos mentais, não há cura definitiva.

Mas, centrando-se na aprendizagem e nas maneiras de lidar com os sintomas e nas interações sociais, a maioria dos indivíduos com Síndrome de Asperger levam vidas bastante típica, com amigos e entes queridos e com bom desempenho social.As Intervenções psicossociais para indivíduos com Síndrome de Asperger:

As intervenções psiquiátricas também devem estar concomitantes com as etapas do tratamento psicoterápico:

Medicações para hiperatividade, desatenção e impulsividade:

Uso de psicoestimulantes (metifenidate, dextroamfetamine, metamfetamine), clonidina, antidepressivos tricíclicos (desipramina, nortriptilina, atomexetina, etc.)

Para irritabilidade e agressividade: Estabilizantes de Humor(valproato, carbamazepina, lítio), betabloqueadores (nadolol, propranolol), clonidina, naltrexona, neurolépticos (risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, haloperidol)
Para preocupações, rituais e compulsões: ISRS (fluvoxamina, fluoxetina, paroxetina), antidepressivos tricíclicos (clomipramina)

Para ansiedade: ISRS (sertralina, fluoxetina), antidepressivos tricíclicos (imipramina, clomipramina, nortriptilina)

O acompanhamento psiquiátrico e a terapia cognitiva comportamental num trabalho conjunto podem trazer os melhores benefícios para a pessoa com Síndrome de Asperger, conseguindo uma atuação social plena e satisfatória.

Font: http://blogdodudueamigos.wordpress.com/

sábado, 5 de março de 2011

Egípcios já utilizavam próteses há 2.600 anos

Londres (Inglaterra) - Os egípcios já utilizavam próteses para ajudar pessoas com amputações nos pés a caminhar no ano 600 AC , segundo uma pesquisa da Universidade de Manchester, no Reino Unido. A autora do estudo, a egiptóloga Jacky Finch, identificou dois dedos do pé artificiais, um deles encontrado nas extremidades de uma múmia, e chegou à conclusão de que podem ser as próteses mais antigas das quais se tem notícia.

Uma delas é um artefato de madeira e pele de três peças do Museu Egípcio do Cairo, e a segunda um dedo artificial fabricado com uma espécie de papel machê feito de linho, cola e gesso que está exposto no Museu Britânico de Londres.

Finch está convencida que as próteses, que datam do ano 600 aC , foram utilizadas para ajudar pessoas amputadas a se locomover centenas de anos antes de que os romanos empregassem pernas artificiais. Para provar sua teoria, a egiptóloga trabalhou com dois voluntários que não tinham o dedão do pé direito utilizando réplicas exatas dos artefatos egípcios.

Foto: EFE

Prótese para o dedo foi feita com madeira e tecido | Foto: EFE



Em seguida, pediu que os voluntários calçassem sandálias como as da época, e um deles foi capaz de caminhar com grande eficácia com ambas as próteses. Os dois voluntários concordaram que se sentiram especialmente confortáveis com a prótese do Museu do Cairo, que conta com uma dobradiça para facilitar o movimento. Por outro lado, a peça do Museu Britânico se deteriorava de maneira considerável, o que a tornava incômoda.



Finch explicou à revista médica "The Lancet" que as réplicas passaram por uma série de testes, como a resistência às forças utilizadas no processo de caminhar, proporção e aparência, elementos fundamentais para avaliar a eficácia das próteses.



A deterioração do dedo artificial de Londres e a sofisticação do design do dedo do Cairo levou a egiptóloga à conclusão de que "esses artefatos foram utilizados por seus proprietários em vida e não simplesmente acrescentados durante o processo de mumificação ou por razões religiosas ou ritualísticas".



"Minhas descobertas sugerem com solidez que ambos os projetos foram capazes de funcionar como peças de substituição para o dedo do pé perdido e que, portanto, podem ser classificados como próteses", afirma Finch em seu artigo.



Se este for o caso, conclui, "parece que as primeiras manifestações deste ramo da medicina devem ser atribuídas claramente aos antigos egípcios".



As informações são da EFE

( O DIA, 14/02/2011)

quarta-feira, 2 de março de 2011

MEC recomenda que escolas deixem de reprovar

Educação na mídia

14 de fevereiro de 2011

MEC recomenda que escolas deixem de reprovar
Medida, que não tem caráter de lei, acaba com a reprovação nos três primeiros anos do Ensino Fundamental
No apagar das luzes do governo Lula, o ministro da Educação, Fernando Haddad, homologou a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) que acaba com a reprovação nos três primeiros anos do ensino fundamental e cria o Ciclo de Alfabetização e Letramento.

Já a partir deste semestre, gestores de todas as escolas do Brasil podem decidir se continuam com o sistema seriado, mantendo a possibilidade de reprovação, ou se adotam a recomendação. A medida foi tomada, segundo a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, a partir da constatação de que muitas crianças são reprovadas no primeiro ano:

- Tivemos um índice de aprovação de 94,9%, em 2009, o que nos mostra que, de cada cem crianças, cinco ainda são reprovadas logo que ingressam na escola. Pesquisas apontam que, se o aluno é reprovado, dificilmente terá sucesso. A recomendação, que não é lei, é para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos.

O Brasil tem, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 31 milhões de alunos no ensino fundamental. Desses, quase dez milhões estão nos três primeiros anos. No entanto, pouco mais de dois milhões têm mais de cinco horas de aula por dia.

Polêmica, a aprovação automática divide educadores. Professor da USP, Ocimar Alavarsi, que já foi coordenador pedagógico da rede municipal de São Paulo, de 1995 a 2008, acredita que a "reprovação no ensino fundamental devia ser zero":

- Mais de 70 mil foram reprovados no primeiro ano em 2008, e isso não tem paralelo com outro país. A evasão escolar também é alta. Então, a recomendação é um avanço. Crianças devem ficar nove anos na escola, e o desafio é descobrir o que devemos fazer para que elas aprendam. Mesmo incompleta, já que o CNE não diz como as crianças devem ser acompanhadas, a recomendação abre o debate.

Para Susana Gutierrez, uma das coordenadoras do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), a recomendação é "boa na teoria".

- Não segmentar o processo de alfabetização e acompanhar cada uma das crianças é bom. Mas, na prática, escolas têm salas superlotadas, muitas aulas de reforço são dadas por voluntários, professores têm pouquíssimo tempo para planejar as aulas e as condições de trabalho são ruins. A sensação é que as propostas não são feitas por quem conhece o dia a dia das redes - diz Susana.

- Mudar a forma de avaliar, sem permitir que um trabalho de qualidade seja feito, é um desrespeito.

Desde 2009, as crianças matriculadas na rede municipal do Rio de Janeiro já convivem com o que o CNE acaba de recomendar. Os alunos dos três primeiros anos são reprovados apenas ao final do terceiro ano.

No entanto, em 2007, o então prefeito Cesar Maia assinou decreto instaurando a progressão automática nos nove anos do ensino fundamental, dividindo o período em três ciclos. Em 2009, foram encontrados 13 mil alunos do 4 º e 5 º anos que precisavam ser realfabetizados, e outros 17 mil do 6º ano que também eram analfabetos funcionais.

- Crianças se alfabetizam em idades diferentes e achamos prudente manter a não reprovação no 1º ciclo - diz Claudia Costin, secretária municipal de Educação, que concorda com a decisão do CNE, mas faz um alerta:

- Não pode ser interpretada como algo que leve os professores a retardar o processo de alfabetização nas escolas públicas. Se for assim, o apartheid educacional aumenta. Cabe aos gestores não permitir que a medida prejudique os alunos.

Fonte: O Globo (RJ)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

RIOCARD-Novas Orientacoes

Em reunião entre o representante das empresas de ônibus e a Secretaria Municipal de Educação, ficou decidido que, excepcionalmente, para os cartões que ainda não foram emitidos, a fotografia não será necessária.



Assim, fica, a partir de 22/2, suspensa a captura de imagens nos postos instalados para este fim. No entanto, a entrega de cartões nesses locais, para os alunos que tiraram foto até o dia de hoje, 21/2, será mantida, até 5ª feira dia 24/2.



Os cartões que serão emitidos sem a fotografia, serão entregues nas Unidades Escolares dos respectivos alunos.



A Rio Ônibus garantiu que o direito à gratuidade no transporte público de passageiros, aos alunos matriculados na Rede Pública Municipal de Ensino, será preservado até o recebimento e desbloqueio dos cartões, nos postos já divulgados.



Contamos com sua colaboração no sentido de informar aos responsáveis as novas orientações, enfatizando que tal medida tem como objetivo atender com mais presteza às nossas crianças.



Acrescentamos que a Empresa está desenvolvendo, para futura implantação, novos mecanismos tecnológicos para melhor controle e identificação dos cartões.



Em tempo, informo que todas as UUEE que já enviaram a Ficha Cadastro e foto e que já receberam da RIOCARD a senha (lembrando que a senha que foi enviada com o nº 1 para todos, deverá ser modificada), já estão aptas a realizar a tranferência de aluno de uma escola para outra através do site www.riocard.com/cadrdv





Um abraço,

Alexsandra, da ASSESSORIA DE AÇÃO INTEGRADORA/5ª CRE



( Recado de 22 de fevereiro de 2011)

ponto facultativo nas repartições públicas municipais nos dias 07 e 09 de março de 2011

DECRETO Nº 33433 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2011

Estabelece ponto facultativo nas repartições públicas municipais nos dias 07 e 09 de março de 2011.



O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais,



DECRETA:



Art.1.º O ponto será facultativo nas repartições públicas municipais nos dias 07 e 09 de março de 2011, período de Carnaval, excluídos desta previsão os expedientes nos órgãos cujos serviços não admitam paralisação.



Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.



Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2011; 446º ano da fundação da Cidade.



EDUARDO PAES

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O menino e a rosa

Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno. E ela era uma grande escola. Mas quando o menininho descobriu que podia ir a sua sala, caminhando, através da porta, ele ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Uma manhã, quando o menininho estava na escola, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
- Que bom! pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele poderia fazer de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens, barcos,; e ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
- Esperem! Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora - disse a professora - nós iremos desenhar flores.
- Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seu lápis cor de rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com barro.
- Que bom! pensou o menininho, ele gostava de barro.
Ele podia fazer todas as coisas com barro: elefante, camundongos, carros e caminhões. Ele começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
- Esperem! Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.
- Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:
- Esperem! Eu vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. - Assim - disse a professora - Agora podem começar.
O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato do que o da professora. Mas ele não podia dizer isso. Ele amassou o seu barro numa grande bola novamente, e fez um prato igual o da professora.Era um prato fundo. E muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então aconteceu de o menino e sua família mudarem-se para outra casa, em outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola. Esta escola era maior do que a primeira. E não havia porta da rua nesta escola.
E no primeiro dia ele estava lá. A professora disse:
- Hoje nós faremos um desenho - Que bom! pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava na sala. Foi até ele e falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim, disse o menininho, o que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça, disse a professora.
- Como eu posso fazê-lo? Perguntou o menininho.
- Da maneira que você gostar, disse a professora.
- De que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu vou saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um?
- Eu não sei, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde.

Uma história adaptada por Maria Jesus Sousa - Juca
A partir de texto in: “La zanahoria – Manual de Educación en derechos humanos para maestros e maestras de preescolar y primaria” (1997) Edicción de Amnistia Internacional – Seccion mexicana – Educación en derechos humanos