Para todos?

Educação para todos é não precisar incluir; pressupõe-se que não haja excluídos.

Se é preciso incluir é porque não é para todos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pesquisa de aluna de 14 anos mostra que lição em folha branca facilita concentração

Usar folhas brancas em provas e lições facilita a concentração dos alunos e a interpretação dos textos. Já folhas ou desenhos vermelhos e amarelos ajudam na percepção de detalhes. O resultado é de uma pesquisa desenvolvida por uma aluna do Colégio Interativa, de Londrina (PR). O projeto foi selecionado para participar da 8ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece até esta quinta-feira (11/3), em São Paulo (SP).

Para a pesquisa, a aluna Isabela Dutra, de 14 anos, imprimiu uma história em quadrinho em amarelo, verde, vermelho, azul e preto e branco. Ela distribuiu as histórias aleatoriamente entre os alunos da primeira série (de seis a oito anos) do seu colégio e pediu que respondessem um questionário sobre a história.

Analisando as respostas, Isabela concluiu que as impressões em preto e branco tiveram os melhores resultados em relação à interpretação. Os quadrinhos em amarelo e vermelho facilitaram a observação de detalhes e os em azul se mostraram mais eficiente para leitura de imagens.

A história com as cores originais teve as piores notas, tanto em interpretação como em observação de detalhes. “São muitas cores juntas e isso dispersa”, comenta a autora da pesquisa. “Um estudo como esse pode ajudar a identificar onde usar determinada cor nos livros da escola”, completa.


Fonte: Portal Aprendiz http://aprendiz.uol.com.br/content/spivupruvi.mmp

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso?"

Interessante matéria da colunista Lya Luft, publicada na revista Veja, edição 2150:

"Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos
ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso?"

No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral. O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.

http://veja.abril.com.br/030210/imagens/luft1.jpg

No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.

Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?

Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet. Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários. Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.

Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.

Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Educação inclusiva
Redes estaduais e municipais recebem conjuntos de DVDs
Sexta-feira, 05 de março de 2010 - 16:53
Toda criança é única: a inclusão da diferença na educação infantil é o título de uma coleção de cinco DVDs produzidos pela TV Escola (canal do MEC) que chega este mês às redes estaduais e municipais de todo o país. A recomendação da Secretaria de Educação Especial (Seesp) é que os materiais sejam usados em seminários, na formação continuada de professores e em atividades com os pais e a comunidade escolar.

A duração média de cada DVD é de 25 minutos. Os temas abordados são: quebrando a invisibilidade, universo das diferenças, orquestra de sinais, rompendo barreiras, liberdade de ser, aprender e caminhos para a inclusão. A distribuição, que soma 30 mil conjuntos, abrange também os 168 polos de educação a distância do programa Educação Inclusiva: direito à diversidade e as 12 universidades públicas que integram a rede de formação.

Conforme dados da Seesp, as redes municipais receberão cinco conjuntos (25 DVDs) e as estaduais, um conjunto. As secretarias também estão autorizadas pelo Ministério da Educação a reproduzir os materiais para distribuir em suas escolas. A produção e distribuição dos DVDs é uma ação conjunta das secretarias de Educação a Distância (Seed) e de Educação Especial (Seesp).

Ionice Lorenzoni

Recebi este informativo e achei legal divulgar

O Setor Educativo do Museu Histórico Nacional tem o grande prazer de convidar toda comunidade a participar dos Encontros com Educadores Museu, um espaço de construção do saber.

Os Encontros ocorrem uma vez por mês (não sendo uma sequência), com duração de 3h30min, sendo debatida a relação museu e educação, a contribuição da educação informal para a formal (e vice-versa), as visitas no Museu Histórico Nacional. A atividade é gratuita e o educador receberá uma declaração de participação emitida pelo museu (via email). Lembramos que o primeiro encontro ocorrerá no dia 30 de Março, terça-feira, das 14h às 17h30min.