Para todos?

Educação para todos é não precisar incluir; pressupõe-se que não haja excluídos.

Se é preciso incluir é porque não é para todos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BRASIL - MP lança em setembro o Portal da Pessoa com Deficiência

http://www.anabb.org.br/novosite/mostraPagina.asp?codServico=33&codPagina=43910 **** Com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que têm algum tipo de deficiência e facilitar o acesso às páginas de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento vai lançar este mês o Portal da Pessoa com Deficiência e um novo modelo de acesso ao Programa Governo Eletrônico. O portal será lançado em 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Por meio do recurso leitor de tela, um programa que sintetiza a voz humana e "lê" para o usuário o conteúdo da página eletrônica, o portal é totalmente acessível às pessoas cegas ou com visão limitada. Pela página será possível oferecer, por exemplo, serviços como a compra de automóvel adaptado a quem não tem os membros inferiores.**** A página eletrônica será uma referência para os órgãos governamentais sobre como devem ser usadas as normas do novo modelo de acesso ao Programa Governo Eletrônico, o e-MAG 3.0, que será lançado junto com o portal. De acordo com o diretor da SLTI, João Batista Ferri, é a tecnologia da informação (TI) sendo usada para democratizar o acesso dos brasileiros aos dados e serviços governamentais na internet. O programa contém orientações sobre como criar e desenvolver sites, portais e serviços na acessíveis aos deficientes e idosos e também a quem tem baixo grau de escolaridade e pouca intimidade com os recursos da informática. De acordo com a coordenadora-geral de Prestação de Serviço por Meio Eletrônico da SLTI, Fernanda Lobato, o novo modelo de acesso ao Governo Eletrônico vai permitir que mais pessoas tenham condições de entrar nas páginas dos órgãos públicos federais na internet, inclusive portadores de qualquer tipo de deficiência. Ela explicou que a versão atual, lançada há cinco anos, está tecnologicamente desatualizada. Entre os destaques da nova versão está a padronização dos atalhos do teclado do computador. Não importa em que página o internauta navegue, os atalhos de teclado que ele costuma usar vão servir para todas as outras páginas eletrônicas de órgãos públicos. Serão padronizados atalhos de busca, navegação e conteúdo, entre outros, para atender às necessidades dos deficientes visuais, auditivos e motores.**** Fernanda Lobato disse que, atualmente, apenas 5% das páginas de órgãos públicos federais na internet oferecem acesso aos deficientes. A nova tecnologia vai ampliar esse percentual. No caso dos órgãos públicos estaduais, de acordo com dados do Censo da Web de 2010, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBr), Lobato informou que o acesso pleno só é possível em apenas 2% dos portais públicos. Se, até agora, a grande maioria dos deficientes precisava sair de casa para resolver pendências em órgãos públicos, com o novo programa será possível resolver inúmeros problemas usando apenas um computador com acesso à internet. Fonte: Agência Brasil****

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Presidente do Previ-Rio: ‘É o fim da integralidade para os futuros aposentados’

http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2010/7/presidente_do_previ_rio_e_o_fim_da_integralidade_para_os_futuros_aposentados_100130.html Fonte: O DIA online, 14 de setembro de 2011 Rio - Quem sonha em trabalhar na prefeitura do Rio deve se preparar desde já para receber aposentadoria menor do que o salário pago no período de atividade. Mais: se conformar com a possibilidade de ter reajustes do benefício inferiores aos concedidos a quem ainda está atuando nas repartições. Futuros servidores não terão mais direito à chamada integralidade de vencimentos na aposentadoria e paridade de reajuste entre ativos e inativos. Esses benefícios continuarão garantidos somente para os atuais 165 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Rio. Pelo menos, é isso que prevê o Projeto de Lei Complementar 41 do prefeito Eduardo Paes, que a Câmara de Vereadores vota terça-feira. Se não sofrer emendas alargando seu alcance, as duras medidas adotadas para garantir a saúde financeira do fundo de previdência municipal vão atingir aos novos concursados. É o que informa a presidente do Previ-Rio, Ariane Di Iorio, que recebeu O DIA para explicar as mudanças. NOVO CÁLCULO O primeiro artigo do Projeto de Lei Complementar (PLC) 41 estabelece o fim da integralidade. “Será como funciona atualmente na União. Muda o cálculo para a aposentadoria. Será calculado pela média e não pelo último salário, o que significa o fim da integralidade”, explica Ariane Di Iorio, presidente do Previ-Rio. PARA QUEM VALE A mudança atinge os servidores titulares de cargos efetivos de qualquer poder do município, incluindo autarquias e fundações públicas. Não recai para os atuais ativos. Somente para quem for empossado ou inscrito no Regime Próprio da Previdência do Município do Rio, a partir da publicação da lei no Diário Oficial. CONSTITUIÇÃO Serão considerados os parágrafos 3° e 17° do Artigo 40 da Constituição Federal. MÉDIA ARITMÉTICA De acordo com o texto do projeto, “será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, desde a competência de julho de 1994 ou desde a do início da contribuição” COMPROVAÇÃO Os órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado serão responsáveis pelo fornecimento de comprovação das remunerações que serão utilizadas para o cálculo. REMUNERAÇÃO O projeto estabelece que os salários considerados para o novo cálculo não podem ser menores do que o valor do salário-mínimo da época. E não devem ser superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao Regime Geral de Previdência Social. PENSIONISTAS A presidente do Previ-Rio também explicou que haverá mudança no cálculo das pensões. “Com a aprovação do PLC 41, será aplicado o redutor de 30% do provento para os pensionistas dos servidores do Município do Rio. Desde que seja para o que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social”, disse Ariane. Atualmente, o teto é de R$ 3.467,40. MESMAS REGRAS As novas regras para os pensionistas da prefeitura serão as mesmas que constam na redação final dada pela Emenda Constitucional 41, de 19 de dezembro de 2003. NÃO HAVERÁ TAXAÇÃO PARA NOVOS INATIVOS SEM MENÇÃO A presidente do Previ-Rio, Ariane Di Iorio, esclareceu ainda um tema polêmico do novo projeto de lei que será votado na próxima terça-feira. Ela destacou que não há menção no texto de que os futuros servidores inativos deverão contribuir para o regime previdenciário municipal. SEM INTENÇÃO “A intenção da Prefeitura do Rio nunca foi a taxação dos inativos. Houve algum ruído, pois nunca foi tentado dessa forma. A intenção foi adequar, de fato, para os futuros servidores o que está previsto na Constituição. O projeto trata, exclusivamente, dos cálculos dos proventos. Acredito que a confusão tenha ocorrido pelo fato de haver menção à Emenda 40. Mas não utilizamos a redação inteira”, explicou Ariane. EMENDA Caso os vereadores aprovem emenda que determine a contribuição previdenciária aos futuros servidores inativos, a presidente da autarquia disse que poderá até discutir o texto, mas que a posição do prefeito Eduardo Paes é de não taxar os inativos. “Temos que esperar o processo de votação”. IRRACIONAL “A taxação não existe no projeto. Até porque, há uma discussão nacional sobre a extinção da taxação. Como propor algo que pode estar em vias de ser cancelado? É um pouco irracional. Então, quem propuser isso estará sendo contraditório, antecipando algo que pode cair. Só me parece insensato. O risco maior é para quem cobra, pois pode deixar de existir”, defende Ariane. NA CÂMARA A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, em julho, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555/06, que isenta servidores federais, estaduais e municipais aposentados do recolhimento de contribuição previdenciária. O substitutivo prevê a redução da contribuição a partir dos 61 anos, em 20% ao ano, até chegar a isenção completa, quando o inativo completar 65 anos. BANCO MUNDIAL As medidas apresentadas no PLC 41 fizeram parte do contexto do empréstimo de US$ 1 bilhão concedido pelo Banco Mundial. “O projeto faz parte da reestruturação da nossa dívida. E tem pilares de estabilidade fiscal. A própria reestruturação já é operação para gerar espaço fiscal para o município. Então, o projeto realmente foi um dos pilares de condição de desembolso para o nosso empréstimo. A medida vale para as duas transferências. Não há qualquer possibilidade de alteração dos pilares”, diz Ariane. INVESTIMENTOS A presidente do Previ-Rio explicou que outras medidas fizeram parte do processo de negociação com o Banco Mundial: “A prefeitura vem passando por modificações na gestão. Temos o acordo de resultados, grandes investimentos sendo feitos na Educação e Saúde”. DE OLHO NO FUTURO “Consideramos a questão fiscal, o controle de programação financeira e questão do impacto da previdência. A proposta foi feita vislumbrando o futuro do município, não somente o presente. Quando se fala em desenvolvimento econômico, se fala em saúde financeira sustentável. É um empréstimo revolucionário, o primeiro de desenvolvimento econômico do município”. SEM PARIDADE DE REAJUSTE SEM VINCULAÇÃO A partir da aprovação da lei, os futuros servidores municipais inativos não terão reajuste vinculado aos dos ativos. Atualmente, quando a prefeitura concede aumento ao pessoal da ativa, o mesmo índice é utilizado para calcular o aumento dos inativos. ÍNDICE DE PREÇOS “É o fim da paridade. O projeto estabelece que o aumento será concedido na mesma data que os ativos. Antes, existia o reajuste salarial, não fazia vinculação com o índice de preços. Agora, passa a ter correção por índice de preço. Na prática, os dois continuam a ter correção e o que muda é a vinculação. Estamos criando indexação por inflação e não por paridade salarial”, explica a presidente do Previ-Rio. SEM PREVISÃO Segundo Ariane Di Iorio, não é possível prever hoje qual será o período de inflação que será utilizado para estipular o índice de reajuste dos benefícios dos futuros servidores inativos: “Não há como prever agora algo que só vai acontecer daqui a 30 anos. O projeto não especifica esse detalhe. A regulamentação vai ser mais próxima. Quando a lei em questão for aprovada, os próximos concursos serão regidos pela nova lei. Os servidores dos próximos concursos que se aposentarem terão um novo regime”. CARREIRAS DIFERENTES Sobre a possibilidade de se criar carreiras diferentes dentro do corpo de servidores do Município do Rio, a presidente disse que esse tema foi discutido durante o processo de elaboração do PLC 41. UMA PREOCUPAÇÃO “A preocupação era de não modificar o regime previdenciário dos atuais servidores da prefeitura, de não mexer nesses benefícios. Eu entendo que quem poderia contestar são os novos. Mas dificilmente isso vai acontecer. Essas serão as novas condições. Portanto, ninguém será forçado a fazer nada. Estarão entrando porque querem. Como são para os novos servidores, eles já estão sendo avisados desde agora, alertados que essas são as condições, com um contrato diferenciado”. PILAR FISCAL Para Ariane Di Iorio, a questão da previdência deve ser estudada com máxima atenção, por ser um pilar fiscal que mexe com percentuais de futuros gastos de pessoal. “Obviamente que todas essas medidas têm impacto a longo prazo. É um programa desenhado para modernizar a gestão da prefeitura”. MEDIDAS PARA SALVAR O FUNPREVI CAPITALIZAÇÃO Para tentar reverter as projeções do Tribunal de Contas do Município (TCM) de que os recursos do Fundo de Previdência (Funprevi) vão se extinguir em 2014, a diretoria do Previ-Rio tem estudado algumas alternativas para recuperar a saúde financeira do fundo: “Existem estudos para a capitalização e outras questões de governança corporativa dentro do instituto de previdência”. ROYALTIES “Entre as medidas de capitalização, estuda-se royalties futuros. Sabemos que existe toda uma questão de reforço institucional no Previ-Rio e na gestão de recursos. Estamos estudando em conjunto dentro da Prefeitura do Rio, porque, quando se tira de um, coloca-se no outro, pois o recurso é um só. Essas mudanças previdenciárias, além de atender à Constituição, de alguma forma vão melhorar a saúde financeira do Funprevi”, explica Ariane Di Iorio. DÉFICIT A presidente do Previ-Rio também comentou sobre o déficit de R$ 138 milhões registrado em 2009. Segundo ela, não houve um motivo especial para que a despesa fosse maior que a receita: “É a evolução normal das nossas despesas de pessoal. Então, isso é fato. O problema foi a despesa. E, de fato, o perfil dos funcionários da prefeitura tem essa característica. Nós temos um percentual de inativos alto na folha. E, realmente, as pessoas estão se aposentando e os nossos inativos são relativamente jovens”. PRIMEIRO SEMESTRE "Já houve déficit em 2007 e já estamos em déficit no primeiro semestre. Resultado do fluxo de compromisso com o pagamento de aposentadorias e pensões”. CORTES EM 2009 A presidente do Previ-Rio explicou que as medidas para salvar o Funprevi foram iniciadas em 2009: “Ano passado, foi feita uma série de cortes, por questão de limite de gastos com pessoal, para obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal. Este ano, foi melhor e concedemos o aumento mais cedo”. CÁLCULO ATUARIAL “Apesar de não termos apresentado cálculos externos dos últimos dois anos, temos os nossos cálculos atuariais internos, que nos permite avançar nas medidas preventivas”. DESVIO DE R$ 70 MILHÕES "Já não tem mais relação com a prefeitura. Foi um caso raro de recuperação de recursos. Agora, é com a Justiça”. Por Alessandra Horto e Max Leone

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DESCONSTRUINDO A NAÇÃO - Roberta Close tem mais destaque em livro de História do que Juscelino Kubitschek, afirma o senador ...



Desconstruindo a nação – O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) se sobressaiu ao fazer um pronunciamento da tribuna do Senado criticando a utilização de livros com conteúdo inadequado por parte do Ministério da Educação (MEC).
O parlamentar goiano explicou à reportagem do ucho.info o que o instigou a se aprofundar na leitura dos escabrosos títulos indicados e distribuídos à rede de ensino pública do Brasil. Demóstenes diz que leu os livros do MEC para conhecer a qualidade “didática” das obras avalizadas pelo ministério. “Foi muito desagradável, mas eu quis ler esses livros inclusive de história do Brasil, de Português. É um negócio escandaloso”, avaliou o senador.
“Veja só que Roberta Close, não é uma crítica pontual. A Roberta Close tem mais destaque no livro do que Juscelino Kubistchek, do que Dom João VI, quer dizer, que vulto histórico é esse que tem maior presença na história do Brasil.”
Quando se trata da avaliação de alguns contos, o senador é mais rigoroso na crítica. “Uma menina de em torno de 10 anos de idade é estuprada e ela gosta do estupro. Gosta de ser chamada de vagabundinha. Nós estamos perdendo o senso do ridículo”, ressalta. Na opinião de Demóstenes, é indecência o que se divulga nos livros destinados aos estudantes. “Não podemos de forma alguma aceitar que isso continue. Nós já pedimos uma audiência pública. O senador Pedro Simon quer discutir esse assunto, o senador Cristovão Buarque também porque são materiais didáticos distribuídos Brasil a fora.”
Demóstenes também analisa o impacto das obras. “Acabam gerando problema gravíssimo em termos de aprendizado e desvirtua completamente a educação ideologizada. Em muitos lugares há uma propaganda explícita do ex-presidente Lula. É uma tentativa doutrinária de reinventar o Brasil. A situação é terrível. Primeiro que quando se ensina ideologia não se ensina o essencial. Não se ensina matemática, Português, Literatura, língua estrangeira, não se ensina História do Brasil. Então, consequentemente, os alunos não se preparam para enfrentar a vida.”

Carta de Pedro Ivo à Academia Brasileira de Letras


O motivo da carta foi o mau comportamento de Eduardo Portella durante uma palestra do poeta Pedro Ivo. Para quem não se lembra, Eduardo Portella foi o ministro da educação que, quando demitido pelo Presidente Figueiredo, disse : “ não SOU ministro, ESTOU ministro”; isto permitiu que a sociedade brasileira (kkk) tomasse conhecimento da diferença entre SER e ESTAR, qual seja, “ser” é condição permanente de “estar”, e “estar” é condição provisória de “ser”. Atualmente, este achado (kkk) do ex-ministro é repetido bocomente por muitos como prova de inteligência e originalidade...
Em tempo: Eduardo Portella foi dos primeiros a lançar a tintura vermelha para encobrir a cabeleira grisalha, o que apresentava um notável contraste com as rugas da velhice. (Atualmente, a tintura vermelha é conhecida por “Coleston ditador”...)

"Sr. Presidente,

Senhoras Acadêmicas,

Senhores Acadêmicos,

Nesta Academia, como em todas as corporações que se regem pelas normas da civilização, da boa educação, da polidez e da conviviabilidade, o silêncio do auditório, durante a fala de um dos seus integrantes, é um princípio pétreo.

Esse princípio, Sr. Presidente, foi vulnerado quinta-feira última, quando eu estava falando sobre Gonçalves de Magalhães.

Durante 25 minutos, este auditório ouviu, ininterruptamente, ganidos, gemidos, vagidos, coaxos, grasnidos, uivos, ladridos, miados, pipilos e arrulhos intoleráveis, senão obscenos, de um macilento boquirroto ostensivamente deliberado a tisnar e perturbar a minha exposição.

Momentos antes, Sr. Presidente, V. Exa. exarava o seu zelo por esta Casa versando sobre a quilometragem exorbitante de um dos táxis que servem aos acadêmicos do plenário e que, em seu alto juízo, golpeava as burras fartas desta Academia, a mais rica do mundo.

Esse zelo, que é louvável, ou extremamente louvável, se cingiu na sessão de 5. feira última, a um inquietante item monetário, e não voltou a florescer quando um dos mais antigos integrantes desta Casa discorria sobre Gonçalves de Magalhães.

Entendo que era dever inarredável de V. Exa. impor então ao auditório o silêncio de praxe, exercendo plenamente a sua Presidência.

Esse entendimento, aliás, não é só meu --- mas ainda o de outros companheiros que, finda a sessão, e ao longo da semana, estranharam a omissão, leniência ou tolerância de V. Exa.

Houve até companheiros que me externaram a opinião de que eu deveria ter suspendido a minha palestra, já que ela fluía num ambiente toldado pela enxurrada de grasnidos a que já aludi.

E não posso nem devo esconder que outros confrades, apreciadores das soluções surpreendentes ou belicosas que quebram a monotonia da vida e das instituições me interpelaram, surpresos, desejosos de saber onde estava a minha alagoanidade, que não se manifestara.

A todos esses companheiros fiéis à tradição de urbanidade e conviviabilidade desta Academia, onde estou há 25 anos, expliquei o ter lido o meu texto até o fim.

Deus, em sua infinita generosidade, assegurou-me, aos 87 anos, o timbre de voz de minha juventude.

Não pertenço à raça dos velhos trôpegos que, com voz de falsete, emitem arrulhos indecorosos em ocasiões em que a decência reclama o ritual do silêncio.

Mas a razão decisiva que me levou a não suspender a minha palestra é outra. Além de ter mantido em mim a voz de minha juventude, Deus me aquinhoou com o sentimento da misericórdia --que é a compaixão suscitada pela miséria alheia-- e da piedade, que é dó e comiseração.

Confesso, Sr. Presidente, que me confrange o coração assistir ao penoso espetáculo dos que, alcançada a velhice, ostentam em seu trajeto os sinais indeléveis e quase póstumos da decadência física, mental e moral aceleradas, e mesmo amparados por bengalas astutas rastejam nos salões, corredores e auditórios tão lastimosamente, com os olhos mortiços fixados no chão, como se temessem resvalar em uma cova aberta.

Há velhos que não sabem envelhecer e, desprovidos da alegria e do amor à vida, e do emblema do convívio, destilam ódio, inveja e despeito, porejam calúnias e intrigas, bebem o fel do ostracismo e da obscuridade.

Há velhos que procuram enganar-se a si mesmos, pintando os cabelos, embora as florejantes e fartas cabeleiras antigas já tenham sido devastadas pela sabedoria ou impiedade dos tempo, que as converte em insidiosas relíquias capilares.

Esses velhos enganosos e enganados, o padre Manuel Bernardes os estampilha de "tintureiros de si mesmo".

No episódio em pauta, o uso imoderado dessa tintura, ou pintura, para esconder o inescondível e disfarçar o indisfarçável, casa-se com a boquirrotice provocadora.

Mas, tintureiro de si mesmo e boquirroto, esse personagem bizarro merece e reclama, de nossa parte, não um ato agressivo ou belicoso, ou alagoano, mas a muda expressão dessa piedade e dessa misericórdia que devem habitar sempre os nossos corações.

Encerro esta palesta com um verso de Lucrécio: "É doce envelhecer de alma honesta".

Deus guarde V. Exa. Senhor Presidente, e os demais integrantes desta Casa.

Tenho dito."

domingo, 17 de abril de 2011

Preconceito ideológico prejudica Copa (Editorial)

Política – 17 de abril de 2011



O Globo



O mais recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o andamento das obras em aeroportos vitais para o sucesso da Copa no Brasil, por estarem em cidades-sede do torneio, confirma um sério problema, anunciado há tempos.



Dos 13 terminais, nove não estarão prontos em 2014.



As melhorias projetadas para os aeroportos de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos (São Paulo), Salvador, Campinas e Cuiabá só estarão concluídas em 2017, três anos depois da Copa e um após as Olimpíadas do Rio. (Preparem-se para dissabores, turistas olímpicos interessados em conhecer outras regiões do país.)



Os dois restantes — Confins, de Belo Horizonte; e o de Porto Alegre — estarão prontos em 2016. Conclui-se: como foi dito e repetido, a estatal Infraero não tinha condições de executar o projeto Copa. E não teve mesmo.



O próprio trabalho do Ipea, um órgão oficial, afirma ser necessário um “choque de gestão” para a empresa tocar investimentos com eficiência. É o que tenta agora — tardiamente, para efeito de Copa e Olimpíadas — o governo Dilma Rousseff.



Para aplicar os R$ 5,6 bilhões previstos para daqui a 2014, a empresa teria de investir, por ano, R$ 1,4 bilhão, o triplo do que tem gasto em média nos últimos oito anos, segundo o Ipea.



Os números são cabais: a meta não será, de fato, alcançada pela estatal.



Na esteira da repercussão da notícia, vieram as declarações de praxe. Para o ministro Wagner Bittencourt de Oliveira, da recém-criada Secretaria de Aviação Civil, à qual a Infraero está subordinada, as obras estão no “cronograma adequado”.



Qualquer um é livre para falar o que bem entender, mesmo diante de números irrefutáveis e de fonte insuspeita.



Uma alternativa será alterar normas para licitações públicas e controles, a fim de acelerar as obras. Apressar a tramitação de projetos e a execução de obras públicas não é um mal em si, pois há muita burocracia a eliminar.



Também, em princípio, é correta a tese de que, em vez de o Tribunal de Contas paralisar obras, que se punam os responsáveis pelas irregularidades.



Mas o grande problema é que, no Brasil, quando se defende “flexibilizar” para “agilizar” investimentos públicos, quase sempre se beneficiam esquemas de corrupção via superfaturamento de despesas, manipulação nas especificações de materiais, entre outros golpes.



Chega-se a suspeitar que atrasos são programados para se “flexibilizar” e “agilizar”.



Desde o governo Lula, alerta-se que, sem a privatização de aeroportos, o setor não acompanharia a expansão da demanda, como não acompanhou. Durante todo o segundo mandato do presidente o sistema aeroportuário brasileiro confirmou o diagnóstico.



Porém, preconceitos ideológicos existentes em Brasília contra a iniciativa privada barraram qualquer movimento mais sério para a concessão de terminais, existentes ou a construir. Juntaram-se aos estatistas os clientelistas de sempre, interessados em não perder influência na Infraero e os correspondentes benefícios pecuniários.



O estudo do Ipea acaba com qualquer dúvida sobre a imperiosidade da participação de capitais privados no sistema.



Pelo menos a presidente Dilma, avessa às licitações quando na Casa Civil, já demonstrara ter mudado de opinião. Agora, está claro para todos que o tempo corre contra.

SABEDORIA INDÍGENA

Um velho índio descreveu certa vez seus conflitos internos:

"Dentro de mim existem dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro passivo é muito bom. Os dois estão sempre brigando."

Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: "Aquele que eu alimento".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Prefeito e secretária de Educação inauguram escola e entregam duas unidades reformadas

SME - Secretaria Municipal de Educação

Prefeito e secretária de Educação inauguram escola e entregam duas unidades reformadas



http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/exibeconteudo?article-id=1672731



01/04/2011 » Autor: Fernanda Reis



O prefeito Eduardo Paes e a secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, inauguraram o novo prédio da escola IV Centenário, no Complexo da Maré, na manhã desta sexta-feira (dia 1).

Em seguida, o prefeito e a secretária inauguraram a nova escola municipal Raphael de Almeida Magalhães, em Jardim Bangu, e entregaram as novas instalações do Ciep Padre Paulo Correa de Sá, em Padre Miguel, que também ganhou um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil).

As inaugurações fazem parte de uma série de 16 novas unidades de ensino nas Zonas Oeste e Norte, entre EDIs e escolas do ensino fundamental, que serão entregues à população durante o mês de abril. As unidades, que tiveram um investimento total de R$ 23.501.226,15 milhões, beneficiam 4.368 alunos nas regiões, entre as mais carentes da cidade.



A Escola Municipal IV Centenário, que atende 471 alunos, ganhou uma completa reforma, incluindo a sala de informática, a biblioteca e o auditório, enquanto que o Ciep Padre Paulo Corrêa de Sá, com 648 alunos atendidos, ganhou uma sala de informática, e a substituição de todas as portas, com colocação de identidade visual em toda a unidade, além de um EDI. Já a nova Escola Municipal Raphael de Almeida Magalhães, com 800 vagas, conta com 13 salas de aula, quadra coberta e sala de informática, além da estrutura básica.



Durante as inaugurações, a secretária Claudia Costin ressaltou a importância de um ensino de qualidade e afirmou que mais importante que uma boa edificação escolar, é um professor dedicado a ensinar.



- O que educa não são os prédios, são os professores, mas uma boa infraestrutura gera bons resultados nos trabalhos realizados por eles. Progressivamente estamos uniformizando a infraestrutura das escolas da rede para que os nossos alunos sejam bem recebidos e nossos professores tenham melhores condições para educá-los – constatou a secretária.



O prefeito Eduardo Paes destacou a prioridade que a educação vem recebendo em sua gestão.



- Minha prioridade sempre foi o ensino, a primeira decisão tomada na minha gestão foi o fim da aprovação automática, pois essa é uma medida que não corresponde a um ensino de qualidade, e um ensino de qualidade também representa uma boa infraestrutura nas unidades escolares. A escola traz para essas crianças o futuro e esses novos prédios vão abrigar o sonho de todas elas – afirmou o prefeito.



Na educação infantil, a ampliação do atendimento nas creches da Prefeitura e conveniadas, gerando 30 mil novas vagas, é uma das metas da atual gestão. De janeiro de 2009 até fevereiro deste ano, a Prefeitura já criou 9.200 novas vagas, em 17 novas unidades construídas e mais 110 unidades adaptadas para receber EDIs. Em abril, serão mais 2.450 vagas em novos EDIs.





AS 16 UNIDADES DE ENSINO



1. - Escola 4º Centenário (novo prédio) – Complexo da Maré ;Vagas: 471



2. - Escola Rafael de Almeida Magalhães (escola nova) – Bangu ;Vagas: 800



3. - EDI Professora Edithe Marques de Souza – Padre Miguel ;Vagas: 150



4. - Ciep Padre Paulo Corrêa de Sá – Padre Miguel ;Vagas: 648



5. - EDI do Ciep Darcy Ribeiro – Campo Grande ;Vagas: 150



6. - EDI do Ciep Lamartine Babo – Campo Grande ;Vagas: 200



7. - EDI do Ciep Nelson Mandela - Campo Grande ;Vagas: 150



8. - EDI do Ciep Amilcar Cabral – Bangu ;Vagas: 300



9. - EDI do Ciep Antonio Evaristo de Moraes – Senador Camará ;Vagas: 175



10. - EDI do Ciep Anton Macarenko – Costa Barros ;Vagas: 175



11. - EDI do Ciep Chanceler Willy Brandt – Jacaré ;Vagas: 175



12. - EDI Maciço da Tijuca – Morro do Turano/Tijuca ;Vagas: 175



13. - EDI Pescador Isidoro Duarte – Complexo da Maré ;Vagas: 175



14. - EDI do Ciep Luis Carlos Prestes - Cidade de Deus ;Vagas: 300



15. - EDI Dona Perciliana - Cidade de Deus ;Vagas: 200



16. - EDI do Ciep Pablo Neruda – Taquara ;Vagas: 300